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Horta Biológica

Todo sobre o cultivo biológico em Portugal.

Tomate resistente ao míldio

18.04.21 | Яitual

Tomate resistente ao míldio

Se procura um tomate resistente ao míldio a resposta é simples, plante tomate Cherry, é a única variedade de tomateiro que resiste a este fungo. Não vai encontrar variedades de tomate que resistam ao fungo, o míldio é diferente do oídio.

O único tomate resistente ao míldio é o tomate Cherry

Se procura uma variedade de tomate resistente ao míldio, plante a variedade Cherry. Certamente já comprou ou viu no Hipermercado aquele tomate pequenino, é o tomate cherry. É sem dúvida uma variedade de tomate resistente ao míldio.

O míldio é um fungo que ataca as folhas, caule e fruto. Forma manchas descoloradas translúcidas, que depois necrosam e ficam secas e quebradiças. Diferente do míldio o Oídio é uma doença similar causada por fungos, mas estes deixam um pó branco na zona afetada.

Diferenças entre míldio e oídio

O míldio distingue-se do oídio pelas seguintes características:
  • O míldio penetra no interior dos órgãos da planta, enquanto o oídio é um parasita superficial que não penetra o interior do órgão que ataca, sendo por consequência curável.
  • As manchas foliares (mancha de azeite) do míldio são translúcidas e vêem-se dos dois lados da folha, enquanto as manchas do oídio, pelo menos inicialmente, só se veem do lado atacado, geralmente na página inferior da folha, tendo o aspeto de feltro branco sujo e depois cinzento, cheirando a mofo.

O míldio é frequente em regiões húmidas, o míldio causa grandes prejuízos em culturas agrícolas, com destaque para a vinha, as cucurbitáceas, a batateira e o tomateiro. Não existem sementes de tomate resistente ao míldio.

Após a infeção, que se dá pela penetração de um zoósporo por um estoma do hospedeiro, as hifas do míldio desenvolvem-se entre as células da planta infetada, formando um micélio, em geral denso, com haustórios que penetram no interior das células vegetais, através dos quais o parasita se alimenta.
 
Sendo parasitas obrigatórios, o ciclo de vida dos organismos causadores do míldio desenvolve-se quase por inteiro no interior do hospedeiro, aproveitando a sua fase de maior atividade vegetativa. Para ultrapassar o período de repouso vegetativo, aqueles organismos necessitam de esporos sexuais de resistência para sobreviver de um ano para outro.
 
Estes organismos reproduzem-se nos períodos de maior humidade atmosférica, formando macroconídios a partir de conidióforos que germinam sobre a superfície da planta a partir de hifas que saem através dos estomas, formando esporangióforos monopodialmente ramificados que suportam esporângios ovalados característicos.

Tratamento biológico contra o míldio do tomateiro

Os tratamentos biológicos não resultam contra este fungo, só é possível o tratamento químico, à base de cobre. Mesmo com tratamento químico, por vezes, é muito difícil controlar a doença. Se procura uma solução para o míldio do tomateiro e ter um tomate resistente ao míldio, plante o tomate Cherry.